Robert Charles Darwin

Robert Charles Darwin

domingo, 19 de setembro de 2010

Classe Peixe


Peixes

Os peixes representam a maior classe em número de espécies conhecidas entre os vertebrados. Acredita-se que os peixes tenham surgido por volta de 45 milhões de anos atrás.
Mas como eles se distribuem pelo planeta?

Os peixes ocupam as águas salgadas dos marese oceanos e as águas doces dos rios, lagos eaçudes. Nesse grupo, existem cerca de 24 mil espécies, das quais mais da metade vive em água salgada. O tamanho médio dos peixes pode variar de um centímetro a até cerca de 18 metros.
Provavelmente, foram os primeiros vertebrados a surgir na Terra, e eram pequenos, sem mandíbula, tinham coluna vertebral cartilaginosa e uma carapaça revestindo seus corpos. Na evolução, houve uma série de adaptações que representaram aos peixes melhores condições de sobrevivência em seu habitat - não ter couraça pesada, ser nadadores velozes, ter mandíbulas e poder morder.
Antes limitados à filtração de partículas nutritivas suspensas na água ou depositadas no fundo e sendo presas de alguns tipos de invertebrados, os peixes tornaram-se também eficientes predadores.
Desde que surgiram, já ocupavam com sucesso os ambientes aquáticos salgado e doce, e continuam assim até hoje.

Características que favorecem a vida na água
Os peixes apresentam várias características que favorecem o desempenho de suas atividades no ambiente em que vivem. Entre elas, destacam-se:
  • corpo com formato, em geral, hidrodinâmico, isto é, achatado lateralmente e alongado, o que favorece seu deslocamento na água;
  • presença de nadadeiras, estruturas de locomoção que, quanto à localização, podem ser peitorais, ventrais, dorsais, caudais e anais;
  • corpo geralmente recoberto por escamas lisas, cuja organização diminui o atrito com a água enquanto o animal se desloca; além disso , a pele é dotada de glândulas produtoras de muco, o que também contribui para diminuir o atrito com a água;
  • musculatura do tronco segmentada, o que permite a realização de movimentos ondulatórios.

A temperatura corporal
Os peixes são animais pecilotérmicos. Isso significa que a temperatura do seu corpo varia de acordo com a do ambiente. A temperatura do corpo dos peixes em geral mantém-se mais ou menos próxima à temperatura ambiental.

Respiração e circulação de sangue
A maioria dos peixes respira por meio de brânquias, também conhecidas como guelras. A água entra continuamente pela boca do peixe, banha as brânquias e sai pelas aberturas existentes de cada lado da cabeça.
Nas brânquias, onde existem muitos vasos sanguíneos, o gás oxigênio dissolvido na água passa para o sangue. Ao mesmo tempo, o gás carbônico que se forma no organismo do animal e que está no sangue passa para a água, sendo eliminado do corpo.
O coração dos peixes tem duas cavidades um átrio e um ventrículo - e por ele circula apenas sangue não-oxigenado. Depois de passar pelo coração, o sangue não oxigenado vai para uma artéria e dai para as brânquias, onde recebe gás oxigênio. A seguir, esse sangue, agora oxigenado, é distribuído para todos os órgãos do corpo do animal.


Alimentação e digestão
Alguns peixes são herbívoros, alimentando-se principalmente de algas. Outros são carnívoros, e alimentam-se de outros peixes e de animais diversos, como moluscos e crustáceos.
Nas zonas abissais - os grandes abismos oceânicos, destituídos de luz -, onde os seres fotossintetizantes não sobrevivem, há muitos peixes detritívoros, que se alimentam de restos orgânicos oriundos da superfície iluminada, e também peixes carnívoros.
O sistema digestório dos peixes é constituído de boca, faringe, esôfago, estômago e intestino, além de glândulas anexas, como o fígado e o pâncreas.

Os sentidos
Os peixes têm vários órgãos dos sentidos
  • Bolsa olfatória - São formadas por células localizadas nas narinas e associadas à percepção de cheiros das substâncias dissolvidas na água. O sentido do olfato dos peixes é geralmente muito aguçado. O tubarão, por exemplo, pode "farejar" sangue fresco a dezenas de metros de distância.
  • Olhos - Permitem formar imagens nítidas a curta distância. A distâncias maiores, percebem apenas objetos em movimento na superfície da água. Alguns peixes têm percepção das cores e outros não. Os tubarões e as raias (também conhecidas como arraias), por exemplo, não distinguem cores. Os olhos são geralmente grandes e não possuem pálpebras nem glândulas lacrimais.
  • Linha lateral - É formada por uma fileira de poros situada de cada lado do corpo, com ramificações na cabeça. Os poros comunicam-se com um canal localizado sob as escamas, no qual existem células sensoriais. Por meio das células sensoriais, o peixe percebe as diferenças de pressão da água, que aumenta gradativamente com a profundidade. Percebe também correntes e vibrações na água, detectando a presença de uma presa, de um predador ou os movimentos de outros peixes que estão nadando ao seu lado, o que é muito importante para as viagens em cardumes. Percebe, ainda, a direção dos movimentos da água, o que facilita sua locomoção na escuridão ou em águas turvas.

Classificação
Existem duas classes de peixes: a classe dos condrictes (do grego khondros: 'cartilagem'; e ichthyes: 'peixe'), ou peixes cartilaginosos, e a classe dos osteíctes (do grego osteon: 'osso'), ou peixes ósseos.
Os peixes ósseos são os mais abundantes em número de espécies conhecidas, representando cerca de 95% do total dessas espécies. Existem várias diferenças entre os peixes cartilaginosos e os ósseos.

Os peixes cartilaginosos
Os peixes cartilaginosos, como o tubarão e a raia, vivem principalmente em água salgada. Mas algumas espécies de raia vivem em água doce.
Entre as características dos peixes cartilaginosos, podemos considerar:
  • esqueleto cartilaginoso e relativamente leve;
  • presença de cinco pares de fendas branquiais e um orifício chamado espiráculo, por onde entra a água e banha as brânquias;
  • boca localizada ventralmente e intestino terminando em uma espécie de bolsa chamadacloaca - nela, convergem os dutos finais do sistema digestório, urinário e genital.
 
Tubarão-Frade (Cetorhinus maximus)


Os peixes ósseos
Os peixes ósseos são abundantes tanto em água salgada (tainhas, robalos, cavalos-marinhos, pescadas, etc.) como em água doce (lambaris, dourados, pintados, pacus, acarás-bandeiras, etc.).
Vamos considerar algumas características dos peixes ósseos:
  • esqueleto predominantemente ósseo;
  • presença de quatro pares de fendas branquiais e ausência de espiráculo, brânquias protegidas por uma estrutura denominada opérculo;
  • boca localizada na região anterior e intestino terminado no ânus, não há cloaca;
  • presença, em muitas espécies, de uma vesícula armazenadora de gases chamada bexiga natatória ou vesícula gasosa.
Ausente nos peixes cartilaginosos, a bexiga natatória - que pode aumentar e diminuir de volume de acordo com a profundidade em que o peixe se encontra - favorece a flutuação e, com isso, permite ao animal economizar energia, já que ele pode permanecer mais ou menos estável numa determinada profundidade sem que para isso necessite de grande esforço muscular para a natação.



Os Vertebrados

Reino dos animais - Os Vertebrados

Atualmente, são conhecidas cerca de 50 mil espécies de vertebrados. Essas espécies variam em tamanho, forma, hábitos e vivem em diversos habitats, que vão do fundo dos oceanos ao topo das montanhas. Essa extraordinária diversidade é produto de centenas de milhões de anos de evolução.
Os vertebrados são animais do filo dos cordados, que apresentam coluna vertebral. Nós, seres humanos, também pertencemos ao filo dos cordados do reino animal.
Segundo o conhecimento científico atual, os vertebrados mais antigos eram animais aquáticos primitivos aparentados das lampréias. Eles não tinham mandíbulas (estrutura que se articula na boca e permite o movimento de mastigação) e apresentavam uma pesada carapaça óssea que os recobria completamente.
Hoje, a hipótese mais provável afirma que os peixes ósseos atuais se originaram de peixes sem mandíbula. Acredita-se, também, que dos peixes ósseos originaram-se os anfíbios, e destes vieram os répteis. Os répteis por sua vez, deram origem às aves e aos mamíferos.
Na história evolutiva dos vertebrados, a ocupação efetiva do ambiente terrestre veio a ocorrer com os répteis, graças a algumas características desses animais, como: o ovo com casca (que protege o embrião da desidratação), a pele seca e os pulmões mais eficientes.
 

domingo, 12 de setembro de 2010

Filo Echinodemata

Os equinodermos

Os equinodermos (do grego echinos: espinhos; derma:pele) constituem um grupo de animais exclusivamente marinhos, dotados de um endoesqueleto (endo = dentro) calcário muitas vezes provido de espinhos salientes, que justificam o nome zoológico do grupo.
Embora não seja uma coluna vertebral, ele é importante na sustentação do corpo, pois é bem desenvolvido e resistente. Entre os equinodermos estão as estrelas-do-mar, os pepinos-do-mar, os lírios-do-mar e os ouriços-do-mar, entre outros.
O tamanho dos equinodermos varia bastante; o diâmetro da estrela-do-mar, por exemplo, medido de uma ponta a outra de seus braços, pode ser de alguns centímetros a até um metro, dependendo da espécie.



 
  









Características dos equinodermos
Uma das características mais marcantes dos equinodermos é a presença de um complexo sistema de lâminas, canais e válvulas, denominado sistema aquífero ou ambulacrário (do latim ambulare: caminhar). Este sistema relaciona-se com a locomoção, respiração, circulação, excreção e até mesmo com a percepção do animal.

Os pés ambulacrais possuem paredes musculares e ampolas que acumulam líquido; as variações de pressão do líquido no sistema determinam a expansão ou retração dos pés, fato que culmina com o deslocamento do animal. Quando a pressão do líquido é maior nos pés, estes ficam mais rígidos, quando a pressão diminui, eles ficam moles - essa diferença permite o movimento.



Digestão
Os equinodermos alimentam-se de pequenos animais e algas. A estrela-do-mar, por exemplo é carnívora. Os sistemas vitais desses animais são simples e eficientes. O sistema digestório contém apenas boca, estômago, intestinos e ânus. Mas o estômago só esta presente no corpo dos equinodermos carnívoros, possuindo glândulas que produzem substâncias digestivas.
A estrela-do-mar alimenta-se principalmente de pequenos moluscos, como mariscos. Com os seus pequenos pés, a estrela do mar força a abertura das conchas das ostras, em seguida vira o seu próprio estômago do avesso e lança um suco digestivo dentro das conchas. Depois, é só engolir a massa, isto é, o corpo do molusco já digerido. Essa é, portanto, uma digestão extracorpórea.











Ouriço-do-mar

O ouriço-do-mar que se alimenta de algas - tem o aparelho bucal com "dentes" constituídos de substâncias rígidas. Com esses "dentes", ele raspa as algas presas nas rochas. Esse aparelho bucal dos ouriços recebe o nome de lanterna-de-aristóteles.


Excreção
A eliminação de excretas é facilitada pelo sistema ambulacrário, pelo qual circula a água no corpo dos equinodermos.
Respiração
A respiração - isto é, a troca gasosa - é realizada por minúsculas brânquias, próximas à boca, e também por toda a extensão dos pés ambulacrários, pelos quais circula a água.


Circulação
Há um líquido incolor que circula pelos canais, localizados ao longo de todo o corpo desses animais. Esse líquido realiza uma tarefa semelhante à do sangue no nosso corpo, ou seja, transportar substâncias para todo o corpo.



 Reprodução

Sexuada
Os equinodermos realizam reprodução sexuada, isto é, reprodução com a participação de gametas. Eles possuem sexos separados e a fecundação externa ocorre na água. Seu desenvolvimento é indireto, pois as larvas se transformam em animais jovens com forma própria.
Regeneração
Quando a cauda de uma lagartixa é cortada, em poucos dias cresce uma nova cauda, regenerando-se. Isso também acontece quando uma estrela-do-mar perde um dos braços.
Esse fenômeno de regeneração de parte do corpo representa uma vantagem para esses animais, que, quando atacados ou em iminente perigo, "entregam" parte do seu corpo para o predador, enquanto procuram se esconder.
Se o disco central estiver intacto, há espécies de estrela-do-mar que conseguem se locomover e se alimentar com apenas um dos braços, enquanto ocorre o processo de regeneração através de divisões celulares. O pepino-do-mar, em situação extrema de perigo, deixa parte de suas vísceras (órgãos internos). Isso é vantajoso, pois distrai os predadores e lhe dá tempo de escapar.



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Filo Arthropoda

Artrópodes

Muitas vezes, não percebemos a presença daqueles animais com corpos de formas estranhas e cores variadas, que vivem ao nosso redor, voam sobre nossas cabeças ou aqueles que se locomovem próximo dos nossos pés. A maioria desses seres é formada por animais artrópodes.
Esse grupo inclui animais como aranha, mosca, siri, lacraia, piolho-de-cobra, camarão, escorpião, abelha, entre inúmeros outros. O grupo dos artrópodes é tão bem adaptado aos diferentes ambientes que, atualmente, representa mais de 70% das espécies animais conhecidas.

Características gerais dos artrópodes

A principal característica que diferencia os astrópodes dos demais invertebrados são as patas articuladas. Foi essa característica que deu o nome ao grupo, pois a expressão patas articuladas vem do grego: artro, que significa "articulação", e podos, "patas".
As patas articuladas permitem que o animal possa realizar vários movimentos diferentes, muitos deles bem definidos e elaborados. Além de uma locomoção muito eficiente, as patas articuladas apresentam outras vantagens para o animal, pois auxiliam na sua defesa e na captura de alimento. No dia-a-dia, é fácil observar nas formigas, por exemplo, a atividade que essas patas permitem.

Até se tornarem adultos, os artrópodes podem fazer essa troca várias vezes. Por isso, podemos encontrar exoesqueletos de artrópodes soltos em árvores.

Os diversos grupos de artrópodes
Os artrópodes são subdivididos em classes de acordo com alguns critérios, como a divisão do corpo e o número de apêndices apresentados (por exemplo: número de patas, antenas etc.).
Entre as classes de artrópodes, podemos citar: crustáceosaracnídeosquilópodesdiplópodes einsetos.
A seguir, vamos conhecer melhor cada uma delas.


Crustáceos
A maioria dos crustáceos é marinha, ou seja, vive nos mares e oceanos. Algumas espécies, porém, têm seu hábitat na água doce, e outras, ainda, são terrestres, como o tatuzinho-de-jardim. Podemos citar como exemplos de crustáceos mais conhecidos: Camarão, lagosta, siri, caranguejo e craca. O tamanho desses animais varia bastante de uma espécie para outra.
O corpo dos crustáceos, é dividido em cefalotórax, parte do corpo formada por cabeça e tórax fundidos, e abdome.
Esses animais possuem um número variável de patas (geralmente cinco pares) e dois pares de antenas. O exoesqueleto de muitos crustáceos apresenta carbonato de cálcio, uma substância que forma a carapaça dura dos siris e caranguejos.


Aracnídeos

A classe dos aracnídeos inclui aranhas, escorpiões e carrapatos. Algumas espécies peçonhentas de aranhas e escorpiões podem causar a morte, principalmente de crianças pequenas. O número de acidentes envolvendo o veneno desses animais é grande no Brasil.

   

O corpo dos aracnídeos é dividido em cefalotórax e abdome. Esses animais têm quatro pares de patas e não possuem antenas. Apresentam um par de pedipalpos (palpos), que são apêndices sensoriais, e também um par de quelíceras, apêndices em forma de pinça.


A maioria dos aracnídeos é carnívora. Alguns desses animais são parasitas do sangue de vertebrados, como os carrapatos. A sarna ou escabiose é causada por um aracnídeo, um ácaro.
A aranha apresenta no abdome as suas glândulas fiandeiras, que produzem os fios utilizados para construir ninhos ou tecer teias nas árvores e nos cantos onde esses animais vivem.


 

Quilópodes

Quilópode é uma palavra de origem grega que significa "aquela que tem mil patas" (quilo significa "mil", e podos "patas"). Esse grupo é representado pela lacraia e pela centopéia.
O corpo dos quilópodes é formado por uma cabeça e muitos segmentos. Em cada um desses segmentos, existe um par de pernas. Esses animais têm um par de antenas longas na cabeça.
Esses seres terrestres vivem na sombra, em regiões quentes e em locais bastante úmidos. São ovíparos, carnívoros e predadores. Eles possuem veneno, que é inoculo no inimigo ou na presa.


O venêno das lacraias não costuma ser mortal para o ser humano mas causam muita dor.

Diplópodes

Um representante desse grupo é o piolho-de-cobra, conhecido também como embuá ou gongolo. O corpo dos diplópodes possui uma cabeça com uma par de antenas curtas e tem também vários segmentos.
Em cada segmento do seu corpo, há dois pares de pernas, daí o nome diplópodes - que vem do grego e significa "patas duplas" (disignifica "duplo", e podos, "patas").
Os diplópodes gostam de lugares escuros e terra úmida. Vivem embaixo de pedras e folhas mortas ou dentro de troncos de árvores apodrecidos. Assim como os quilópodes, eles procuram sombra e umidade.
Quando atacados, enrolam-se e liberam uma secreção que afugenta os inimigos. Os diplópodes são ovíparos, isto é, pões ovos.
 


Insetos

Os principais representantes dessa classe são os artrópodes que encontram com mais facilidade no dia-a-dia; por exemplo: formiga, barata, mosquito, borboleta, mosca, besouro, joaninha, abelha, gafanhoto, entre muitos outros.
A classe dos artrópodes com maior variedade e número de espécies é a dos insetos. Com grande capacidade reprodutiva, os insetos formam a única classe de invertebrados com representantes dotados de asas, o que contribui para o sucesso na ocupação de todos os ambientes do planeta exceto as águas oceânicas mais profundas.
Na cabeça há um par de antenas e uma par de olhos, além do aparelho bucal. O tipo de aparelho bucal relaciona-se ao tipo de alimentação do inseto e é utilizado pelos cientistas como um dos principais critérios de classificação.

As tão doloridas picadas de abelhas não são feitas pelo aparelho bucal, mas sim pelo ferrão localizado na extremidade do abdome, ligado a uma glândula que produz veneno.

Digestão
Vários artrópodes são carnívoros, mas há também os herbívoros, que se alimentam de diferentes partes das plantas.
O sistema digestório dos artrópodes é completo, e os resíduos alimentares, isto é, as fezes, são eliminados pelos ânus.

Circulação
A circulação dos artrópodes é aberta, isto é, o "sangue" não circula apenas dentro dos vasos, mas banha espaços do corpo do animal. Esse "sangue" é incolor ou ligeiramente azulado e não transporta gases, apenas os nutrientes.

Respiração
Nas diversas classes de artrópodes, o tipo de respiração varia.
Muitos artrópodes são terrestres, como os insetos, diplópodes e quilópodes, e respiram retirando oxigênio do ambiente por estruturas denominadas traquéias.
 

Reprodução
Na maioria dos artrópodes, o sexo são separados e a fecundação é interna, isto é, o macho lança os gametas masculinos dentro do corpo da fêmea.
desenvolvimento pode ser direto: os filhotes já nascem semelhantes aos pais, como é o caso de muitos aracnídeos, e portanto esses animais não passam por metamorfose.


No desenvolvimento indireto, como ocorre com grande parte dos insetos, o animal que sai do ovo passa por uma metamorfose antes de atingir a vida adulta.


metamorfose pode ser completa ou incompleta. Na metamorfose completa, o animal passa pelas fases de larva, pupa e adulto - isso ocorre, por exemplo, nas borboletas e moscas. Na metamorfose incompleta, não há a fase de larva ou a de pupa - é o que ocorre, por exemplo, com as baratas e os gafanhotos.


Hipótese da Extinção dos dinossauros.

Escala de Tempo Geológico

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

VIDA NA ERA PALEOZÓICA


Por Francisco A. Coutinho

A EXPLOSÃO CAMBRIANA (543-500 milhões de anos)
  • Poucos representantes dos filos animais modernos (e.g. Cnidária e, possivelmente Annelida, Arthropoda e Echinodermata) são conhecidos do final do Pré-cambriano.
  • Há 530 milhões, a maioria dos filos e classe dos animais marinhos com esqueletos, tanto quanto muitos grupos que representam filos e classes extintos, rapidamente apareceram no registro fóssil.
  • Estudos geológicos atuais indicam que essa "explosão cambriana" pode ter ocorrido dentro de uma faixa de tempo de 30, ou talvez 5 a 10, milhões de anos.
  • Esse intervalo marca o aparecimento dos braquiópodes, trilobitas e outras classes de artrópodes, moluscos, equinodermos e muitos outros.
  • Muitos animais peculiares desse período representam filos extintos (Cf. revisão sobre a fauna de Burgess Shale de Whittington 1985, e o livro de Gould, 1990).
  • Os mais bem conhecidos desses animais incluem aqueles da bem preservada fauna de Burgess Shale (Colúmbia Britânica). (Exemplos nas Figuras 1,2,3 e 4).
Figura 1. Opabinia (Filo)

 
 Figura 2. Wiwaxia (Filo)

 

Figura 3. Anomalocaris (Filo)

 

Figura 4. Pikaia – um Cordado não vertebrado


  • A extraordinariamente rápida diversificação taxonômica do cambriano é um dos mais extraordinários eventos na história evolutiva.
  • Mais de 35 filos de metazoários apareceram no registro fóssil do cambriano.
  • No cambriano, parecem os primeiros corpos segumentado, conchas, esqueletos externos e notocorda.
  • Alguns pesquisadores argumentam que esse fato foi precedido por uma longa evolução que deixou poucos traços no registro fóssil.
  • A maioria, no entanto, acredita que os filos se diversificaram rapidamente depois de uma origem ancestral no final Pré-cambriano.
  • Essa rápida diversificação talvez tenha sido estimulada por mudanças ambientais tais como o aumento da disponibilidade de O2 e carbonato de cálcio.
  • Existem evidências (Bengtson and Zhao, 1992) de que pressões seletivas causadas por predadores favoreceram a mineração de conchas, aumento de tamanho corporal, e novos modos de locomoção.
  • O final do cambriano (há 500 milhões de anos) foi marcado por uma extinção em massa. (Glaciação e depleção dos níveis de O2 na água)
Figura 5. Uma árvore evolutiva hipotética refletindo uma visão da história da vida sugerida pela reinterpretação da fauna de Burgess. O desaparecimento da maior parte dos grupos, em decorrência de extinções, deixa grandes lacunas morfológicas entre os sobreviventes. A linha tracejada representa a época de Burgess Shale, quando a disparidade estava próxima de seu nível máximo (Cf. Gould, 1990).

ORDOVICIANO (500-439 milhões de anos)
  • Após a extinção em massa do Cambriano, muitos filos se diversificaram no Ordoviciano (dando surgimento a muitas novas classes e ordens).
  • A fauna Ordoviciana possuía características bem diferentes da predominante no Cambriano.
  • Entre os grupos do Ordoviciano, existiram mais 21 classes de equinodermos, tendo a maioria desaparecido no final.
  • Novos grupos apareceram entre os trilobitas, braquiópodes, briozoários, gastropodos e bivalvos.
  • Primeiros vertebrados conhecidos (Agnatha).
  • No final do Ordoviciano, existiam mais de 400 famílias de animais marinhos.
  • Uma extinção em massa fechou o período Ordoviciano. (Glassiação de Gondwana e baixa dos níveis oceânicos)

SILURIANO (438-408 milhões de anos)
  • A diversidade biológica aumentou mais uma vez.
  • Diversificação dos agnatas e aparecimento de uma nova classe de vertebrados, os placodermas (que tinham mandíbulas e, em alguns casos, estruturas com a forma de nadadeiras).

DEVONIANO (408-360 milhões de anos)
  • Período de grande radiação adaptativa de corais e trilobritas e emergência dos Amonoidea (cefalópodes semelhantes a lulas revestidos com conchas).
  • Agnatas e placodermas atingiram o pico de sua diversificação.
  • Apenas alguns placodermas sobreviveram à passagem para o do Devoniano para o Permiano e o registro fossilífero dos agnatas cessa no final do Devoniano. (Entre os organismos atuais, os agnatas são representados pelas lampreias e enguias).
  • No Devoniano, a "Idade dos Peixes", surgem os tubarões (Classe Chondrichthyes), apesar de serem bastante diferentes dos tubarões atuais, os quais, junto com as arraias, surgiram durante uma radiação ocorrida no Jurássico e Cretáceo.



 

  • Supõe-se que o esqueleto cartilaginoso dos Chondrichthyes seja derivado do esqueleto ósseo de seus ancestrais, os placodermas.
  • Os ancestrais dos verdadeiros peixes ósseos, os Osteichtyes, são desconhecidos.
  • Do Ordoviciano ao Devoniano, a vida marinha aumentou não somente em número de taxa, mas em diversidade de modos de vida.

DEVONIANO – VIDA NA TERRA.
  • Os primeiros representantes animais da vida na terra foram os artrópodes.
  • Os anfíbios apareceram nesse tempo, provavelmente de crossopterígeos. Ichthyostega (Figs. 10 e 11), do final do Devoniano, tinha membros totalmente formados, mas seu crâneo era muito semelhante ao dos crossopterígeos.

CARBONÍFERO E PERMIANO
  • Carbonífero (360-286 milhões de anos).
  1. extensas florestas dominadas por samambaias, pteridospermas e licófitas de porte arbóreo e esfenófitas.
  2. Profusão de ordens primitivas de insetos, incluindo Orthoptera, Blattaria (baratas), Ephemerida, Homóptera (cigarras) e um grupo de ordens "paleópteras" primitivas que não sobreviveram após o Paleozóico.
  3. Os anfíbios, muitos dos quais enormes (mais de 4 metros), sofreram uma radiação adaptativa que continuou através do Permiano, porém sua grande maioria se extinguiu no final daquele período.
  4. Os primeiros répteis, os protorotirídeos, evoluíram de um antigo estoque de anfíbios, os diadectiamorfos.
  • Permiano (286-248 milhões de anos)
  1. Primeiros fósseis da maioria das ordens de insetos que não havia sido encontrada no Carbonífero: os extintos Protodonata (libélulas gigantes), os Odonatas, Plecoptera, Hemiptera, Neuroptera (formigas-leão), Mecoptera, Trichoptera, Coleóptera e Díptera.
  2. Uma variedade de grupos de répteis evoluiu a partir dos protorotirídeos, incluindo os pelicossauros (Dimetrodon).
  3. Aparecimento dos Terapsídeos, répteis com características de esqueleto dos mamíferos.
  4.  
Figura 13. Um representante da subordem Cinodonta, répteis com características dos mamíferos.
  1. Tempo da radiação dos peixes ósseos condrósteos e evolução dos Holostei (representados hoje pelo âmia e pelo peixe-agulha).
  2. No final do Permiano, ocorre a maior extinção em massa até então sofrida pelos seres vivos. Estima-se que até 95% de todas as espécies vivas antes do evento de extinção desapareceram.
  3. Curiosamente, ocorrem extinções de menor importância entre os peixes ou na vida terrestre.



A VIDA NA ERA MESOZÓICA
  • O Continente global Pangeia começou a se separar em continentes isolados, tendo como conseqüência a provincialização da biota mundial.
  • O isolamento crescente entre as massas de terra favoreceu o desenvolvimento de biotas regionais independentes.
  • No reino marinho, a diversidade aumentou rapidamente à medida que os sobreviventes da grande extinção Permiana se radiaram, preenchendo nichos ecológicos que se tornaram vagos.
TRIÁSSICO (248-213 milhões de anos)
  • Aparecimento e proliferação dos corais modernos.
  • Aumento da diversidade de numerosos grupos invertebrados, tais como bivalves.
  • Aquisição de novos modos de vida de alguns grupos de invertebrados. (Ex.: bivalvos e ouriços-do-mar que, no Paleozóico, haviam sido em sua maioria habitantes da superfície, no Triassico tornam-se escavadores)
  • Predominância das Gmnospermas e pteridospermas sobre as licófitas e esfenófitas.
  • Primeiros fósseis de Lepidóptera e Hymenoptera.
  • Radiação espetacular dos répteis (Mesozóico: "Idade dos Répteis").
  • Tais répteis incluíam as tartarugas, os ictiossauros marinhos e plesiossauros; e os arcossauros.
Figura 14. Ictiossauros
Figura 15. Arcossauro

 

  • Aparecimento da ordem Saurischia que, no triássico, eram pequenos (menos de 1 metro de comprimento), mas que, no final do Cretáceio, mediam mais de 15 metros (Tyrannosaurus).
Figura 16.  Tyrannosaurus

 
  • No final do Triássico, alguns terapsídeos aproximaram-se tanto da condição de mamíferos que alguns deles são considerados como primeiros mamíferos.


JURÁSSICO (213-144 milhões de anos)
  • Início de uma extinção massiva que eliminou a maioria dos amonites e muitos outros invertebrados marinhos.
  • Muitos invertebrados aumentaram sua diversidade morfológica, adquirindo conchas resistentes que provavelmente serviram como proteção mais eficiente contra predadores.
  • Um novo grupo de peixes ósseos, os teleósteos, evoluíram de ancestrais holósteos e iniciaram uma enorme radiação adaptativa.
  • Extinção de anfíbios que haviam prevalecido até então. Aparecimento dos sapos e salamandras.
  • Primeiros lagartos.
  • Os tecodontes deram origem a uma radiação adaptativa de pterossauros.
  • Archaeopteryx lithographica, do Jurássico Médio, é a primeira ave conhecida.
Figura 17.  Archaeopteryx
  • No final do período, diversos grupos de mamíferos arcaicos haviam surgido.


CRETÁCEO (144-65 milhões de anos)
  • Evolução dos tubarões modernos e arraias.
  • Extinção dos dinossauros no final do período.
  • Aparecimento das primeiras serpentes.
  • Poucos pássaros deste período conservam dentes (Ex. Hesperornis).

Figura 18.  Hesperornis


  • No final do período aparecem as primeiras aves que podem ser atribuídas a ordens modernas, como a ordem dos pelicanos.
  • Os mamíferos incluíam os térios (antepassados dos Methatheria e dos Eutheria).
  • Methatheria e Eutheria tornam-se distintos.
  • Evolução das Angiospermas.
  • A diversificação das angiospermas, no Cretáceo, coincide com um aumento pronunciado na diversidade dos grupos de insetos cuja ecologia está intimamente relacionada à dessas plantas (Lepdoptera, Hymenoptera e Díptera).
  • O final do Cretáceo foi marcado por um grande rebaixamento do nível do mar e pela segunda extinção massiva na história da vida.
  • Desaparecimento dos amonites e dinossauros, declínio dos bivalves.
  • No ambiente terrestre, todos os vertebrados com peso acima de 25 quilos parecem ter caminhado para extinção.
  • A extinção em massa foi mais acentuada entre o plâncton marinho e invertebrados bentônicos.
  • Causa da extinção em massa: a queda de um cometa?


VIDA NA ERA CENOZÓICA
TERCIÁRIO (65 – 2,0 milhões de anos)
  • Diversificação das angiospermas, que passam a dominar a maioria das florestas do globo.
  • Formigas surgem a partir das vespas
  • Diferenciação de famílias modernas de vertebrados.
  • Aparecimento e extinção de várias famílias de vertebrados.
  • Pelo menos 24 gêneros de proboscídeos são reconhecidos, nesse período. Entre os úlitmos representantes estavam o Mastodon e o mammuthus (mamutes); apenas duas espécies de proboscídeos, em dois gêneros, sobrevivem no presente.
  • O estoque insetívoro deu origem aos Carnívora e Primates.
QUARTENÁRIO (2,0 milhões de anos atrás até o presente)
  • Com exceção de alguns gêneros que se tornaram extintos sem descentes, a biota apresenta formas muito similares à Recente.
  • A principal característica foi o esfriamento drástico e a flutuação climática.
  • A distribuição das espécies de plantas e animais deslocou-se rumo aos trópicos. Por exemplo, a Inglaterra tinha elefantes, hipopótomos e leões.
  • Curiosamente, as flutuações climáticas violentas parecem ter provocado um efeito bastante pequeno na taxa de evolução ou na taxa de extinção.
  • Evolução Humana. Aparecimento da consciência e da linguagem simbólica.
  • Conclusão – Discussão: não existe algo como "o mais evoluído".