Robert Charles Darwin

Robert Charles Darwin

sábado, 13 de agosto de 2011

Classificação do Ambiente Marinho - 3º ano



CLASSIFICAÇÃO DO AMBIENTE MARINHO

Zonas que compreendem o ambiente marinho
O ecossistema aquático marinho pode ser classificado segundo critérios que envolvem a penetração da luminosidade e a estratificação de nineis na coluna de água. 

- Quanto à gradação de luz, o ambiente marinho de divide em: zona eufótica e zona afótica: 

Zona eufótica → compreende a região na qual a incidência luminosa consegue penetrar na coluna de água, geralmente compreendendo cerca de 200 metros de profundidade, de acordo com a turbidez (tonalidade da água em consequência da saturação de partículas em suspensão). Corresponde à faixa com considerável concentração de organismos, entre os quais, micro-organismos fotossintetizantes (autotróficos). 

Zona afótica → representa a região marinha que não recebe qualquer interferência da incidência luminosa. Os organismos (heterotróficos) que habitam esta faixa dependem da disponibilidade de oxigênio e matéria orgânica absorvida, respectivamente dissolvida e percolada (decantada) da zona eufótica. 

- Quanto à profundidade, o ambiente marinho de divide em: zona litorânea, zona nerítica, zona abatial e zona abissal. 

Zona litorânea → limite existente entre o nível das marés (alta e baixa). 

Zona nerítica → região que atinge, aproximadamente, 200 metros de profundidade, estendendo-se cerca de 50 a 60 km da margem litorânea. Representa o limite com maior biomassa e produtividade aquática, abrigando um grande número de organismos. 

Zona abatial → localizada abaixo da zona nerítica, situa-se entre 200 a 2000 metros de profundidade. 

Zona abissal → ambiente marinho mais profundo, situada entre 2000 metros de profundidade e o substrato oceânico, sendo uma região totalmente afótica (sem luz), onde habitam poucas formas de vida.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Peixes Cartilaginosos (Chondrichthyes)


PEIXES CARTILAGINOSOS (Chondrichthyes)




2 Subclasses:

Elasmobranchii (cação, raias, tubarão)
Holocephali 
(quimera)


O esqueleto dos peixes cartilaginosos é composto de cartilagem. Possuem mandíbulas móveis, são predadores e todos são marinhos. A pele destes peixes é rija, coberta por escamas placóides e glândulas mucosas, possuem várias nadadeiras. A boca é na região ventral, com muitos dentes. A narina termina em fundo cego, tendo apenas função olfativa. O coração é formado por duas câmaras: 1 átrio e 1 ventrículo. Respiram por brânquias, possuem ouvido, os rins são do tipo mesonéfrico, são ectotérmicos, a principal excreta nitrogenada é uréia. São dióicos, com fecundação interna, podendo ser ovíparos ou ovovivíparos.
Normalmente, os condríctes apresentam de 5 a 7 pares de fendas branquiais, dependendo do gênero e da espécie. As quimeras, ao invés de fendas branquiais, possuem opérculo (só tem um par de fendas branquiais). Possui uma cauda fina e longa (cauda heterocerca) e a nadadeira peitoral é muito desenvolvida. Esta nadadeira promove a natação através do movimento na forma de “remo”. As quimeras são encontradas a partir de 80 metros de profundidade.
Existem cerca de 900 espécies descritas de peixes cartilaginosos.
A presença da mandíbula permitiu que a alimentação destes animais fosse mais variada. Também houve alterações no comportamento sexual. Nos condríctes mais primitivos só existiam nadadeiras ímpares (caudal, anal e dorsal). Os mais evoluídos apresentam, além das ímpares, nadadeiras pares (peitoral e pélvica).


Nos tubarões, as fendas branquiais estão localizadas lateralmente. Nas raias, as brânquias se localizam na porção ventral do corpo.

Tegumento


A epiderme é pluriestratificada (cerca de 4 a 6 camadas de células sobrepostas). A epiderme é mais delgada que a derme.
Apresentam escamas placóides, que é uma escama com estrutura parecida com a de um dente, pois é composta de esmalte, dentina, vasos e nervos. Tem origem na derme e são diminutas. As raias e cações apresentam escamas placóides. Elas servem para reduzir a turbulência causada pelo atrito com a água, e por conseqüência, a velocidade do nado aumenta.
O ferrão das raias são escamas placóides modificadas. As raias de água doce não possuem ferrão. Há raias com 2 ferrões. Na ponta do ferra há produção de veneno
Na parte superior da derme, próxima à epiderme, estão os melanócitos, células produtoras de melanina. a presença de melanina confere a capacidade destes animais de se camuflarem.

Musculatura


A parte mais desenvolvida da musculatura encontra-se no tronco e na cauda. Os miômeros estão em forma de duplo “V”, intercalados por tecido conjuntivo, formando o miossepto. Longitudinalmente, existe um septo lateral que divide a musculatura na parte dorsal e ventral: musculatura epiaxial e hipoaxial, respectivamente.

Esqueleto


O esqueleto é formado por tecido cartilaginoso, podendo ocorrer deposição de carbonato de cálcio, mas isso não significa ossificação. Possuem esqueleto axial (crânio e coluna vertebral) e apendicular (nadadeiras).
Não existem suturas no crânio, ou seja, ele é inteiriço. A caixa craniana é uma peça cartilaginosa única.
notocorda não foi totalmente substituída pela coluna vertebral, estando presentes resquícios entre uma vértebrae outra.

Digestão


A boca dos condríctes ocupa posição ventral, possui maxilar e mandíbula e dentes triangulares e afiados, formando até 7 fileiras de dentes. Condríctes bentônicos que se alimentam de animais com carapaça dura possuem dentes arredondados e achatados. A língua é pouco desenvolvida, possuindo poucos músculos e é fixa no assoalho da boca. A maior parte das papilas gustativas está na região anterior do esôfago, que é todo pregueado longitudinalmente para aumentar seu diâmetro quando o alimento passa. O estômago possui uma mucosa pregueada e com glândulas produtoras de enzimas digestivas. O intestino delgado é curto, porem possui pregas e dobras para aumentar a superfície de absorção. O intestino grosso também é curto, terminando na cloaca.
Os condríctes marinhos possuem uma expansão digitiforme na porção terminal do intestino grosso, chamada glândula de sal, que serve para excretar o excesso de sal presente no organismo. As brânquias também eliminam sal para manter o equilíbrio osmótico do corpo.
O fígado destes animais é muito grande, com 2 lobos, contendo muito óleo, para auxiliar na flutuação, podendo ser responsável por até 20% do peso do animal.

Circulação


Possuem um coração abaixo da região branquial, no pericárdio. A circulação é fechada, o coração possui 1 átrio e 1 ventrículo, sendo todo o sangue venoso.

Respiração


A respiração é branquial. A água entra pela boca e passa pelas brânquias, que são formadas por vários filamentos delgados e paralelos, que contém vários capilares, onde ocorrem as trocas gasosas.
Excreção
Possuem rins mesonéfricos, que se situam acima do celoma em cada lado da aorta dorsal. A principal excreta nitrogenada é a uréia. Condríctes marinhos precisam manter o equilíbrio osmótico, retendo cloreto de sódio e uréia o sangue, de forma que os líquidos do corpo sejam ligeiramente hipertônicos em relação á água do mar.

Sistema Nervoso e Sensorial


Possuem um cérebro mais evoluído que as lampreias e a medula é protegida pelas vértebras. As narinas percebem materiais dissolvidos na água que passa por elas. Os olhos não possuem pálpebras e estão adaptados à pouca luz. O ouvido é usado para o equilíbrio. A linha lateral, um fino sulco ao longo de cada lado do tronco e da cauda, contém um delgado canal com muitas aberturas pequenas para a superfície [Storer et. Al. 1991]. Apresentam células sensitivas ciliadas. Percebem vibrações na água.

Reprodução


São animais dióicos. O órgão copulador é chamado clásper, e se encontra na face interna da nadadeira pélvica. É um órgão rígido que é introduzido na cloaca da fêmea. Após ter sido fecundado, o óvulo passa para o oviduto e é envolvido por albúmen. No final do oviduto o ovo é recoberto pela casca.
Todos os condríctes possuem fecundação interna. Existem espécies ovíparas, ovovivíparas e vivíparas.







Classe Peixes - Ósseos (Osteichthyes)


PEIXES ÓSSEOS (OSTEICHTHYES)


São os peixes que possuem um esqueleto formado por ossos. Possuem uma pele com muitas glândulas produtoras de muco, com escamas de origem mesodérmica, nadadeiras, boca na posição terminal e com dentes, bolsas olfativas dorsais, olhos grandes e sem pálpebras, muitas vértebras, coração com duas câmaras, respiração branquial ou pulmonar, excreção feita por rins mesonéfricos que excretam amônia, ectotérmicos e dióicos com fecundação externa.
Tegumento
Os peixes ósseos possuem uma epiderme lisa, coberta por escamas. Existem glândulas produtoras de muco, que lubrifica o corpo do peixe, que serve de proteção e facilita  a locomoção na água. Possui uma linha lateral ao longo de cada lado do corpo e tem função sensorial. O sistema muscular é formado por miômeros (músculos segmentados), em forma de W.

Digestão
Possuem mandíbulas e maxilares com muitos dentes, pequenos e cônicos. Não há glândulas salivares. O alimento que é mastigado vai para a faringe, esôfago, estômago e intestino. O que não foi absorvido é eliminado pelo ânus.
Circulação
A circulação é fechada. O coração possui 2 câmaras. O sangue é pálido e escasso, possuindo hemácias ovais anucleadas.
Respiração
Existem espécies que respiram por brânquias  e espécies que respiram por pulmões. As brânquias são protegidas por uma estrutura chamada opérculo. Durante a respiração o opérculo se fecha, fazendo com que entre água na boca. A água passa da boca para as brânquias e nelas ocorrem as trocas gasosas. O fluxo é sempre unidirecional. A direção do fluxo sanguíneo nas brânquias é oposto ao fluxo da água, criando um mecanismo contracorrente para aumentar a oxigenação do sangue.
Os peixes possuem uma bexiga natatória, localizada na região dorsal, ligada à faringe por um ducto pneumático em alguns peixes ela é cheia de gases (O2, N2, CO2) e serve para regular o peso do peixe, auxiliando na flutuação, através da absorção e sercreção destes gases. É semelhante a um pulmão nos peixes pulmonados.
Excreção
Os rins são do tipo mesonéfricos e principal excreta nitrogenada é a amônia.
Reprodução
São animais dióicos, com fecundação externa e desenvolvimento indireto.
Sistemática
São divididos em:
Sarcopterygii: peixes com nadadeiras carnosas, lobadas.
Actinopterygii: peixes com nadadeiras raiadas.

Subfilo Vertebrata ou Craniata


SUBFILO VERTEBRATA OU CRANIATA


Os vertebrados: Condricthyes, Osteicthyes, Amphibia, Reptilia, Aves e mamíferos.
O subfilo Vertebrata, com aproximadamente 50 mil espécies de animais, possui organismos adaptados aos diversos ambientes da biosfera: a hidrosfera, a litosfera e a atmosfera. 

Esse táxon reúne dois grandes grupos: a superclasse Agnatha ou Cyclostomata (do grego a, prefixo de negação, e gnathos, mandíbula, ou seja, sem mandíbula), animais primitivos cuja boca apresenta aspecto circular; e a superclasse Ganthostomata (radicais gregos gnathos, mandíbula, e stomatos, boca), irradiando os demais vertebrados superiores em seis classes: Condricthyes (peixes cartilaginosos), Osteicthyes (peixes ósseos), Amphibia, Reptilia, Aves e Mammalia (mamíferos). 

Entre as principais características dessa superclasse Ganthostomata, destaca-se: 
- um desenvolvido endoesqueleto axial e apendicular, constituído por dezenas ou centenas de vértebras fusionadas à coluna vertebral; 
- uma peculiar morfologia craniana; 
- um sistema muscular composto por três tipos de tecidos (estriado esquelético, estriado cardíaco e liso); 
- sistema tegumentar corpóreo formado por duas camadas coesas (a epiderme externa e a derme interna); 
- um sistema nervoso central (encéfalo e a medula espinhal) e um sistema nervoso periférico (nervos e gânglios nervosos); 
- um sistema circulatório fechado, onde o sangue circula necessariamente no interior de vasos sanguíneos, podendo o coração ser formado por duas, três ou quatro cavidades, dependendo da classe taxonômica; 

Peixes → um átrio e um ventrículo; 
Anfíbios → dois átrios e um ventrículo; 
Répteis → dois átrios e dois ventrículos que não são totalmente separados; 
Aves e mamíferos → dois átrios e dois ventrículos completamente separados. 

- sistema respiratório diversificado, sendo as trocas gasosas mediadas por estruturas cutâneas, branquiais ou pulmonares. 
- sistema excretor diferenciando, organismo uricotélicos (eliminam ácido úrico), ureotélicos (eliminam ureia) e os amonioltélicos (eliminam amônia), dependendo das condições do meio onde vivem. 
- e reprodução sexuada por oviparidade, ovoviviparidade ou viviparidade, podendo o desenvolvimento ser direto ou indireto (formas larvais), conforme o grupo.

Filo Chordata



FILO CHORDATA


O filo Chordata (do latim chorda, corda) reúne animais como o anfioxo, as ascídias, as lampréias, os peixes, os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos.  Possuem em comum as seguintes características:

* Notocorda: estrutura de sustentação que corresponde a um bastonete maciço, flexível, situado na linha mediana dorsal do corpo, entre os tubos nervoso e digestivo. Ocorre em todos os cordados, pelo menos na fase embrionária. Em muitas espécies, a notocorda desaparece durante o desenvolvimento embrionário e não ocorre nos adultos. Esta estrutura persiste nos anfioxos, desaparece nas ascídias e, nos vertebrados (peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos), é substituída pela coluna vertebral.

* Fendas branquiais na faringe (faringotremia): estruturas que ocorrem pelo menos na fase embrionária. As fendas são orifícios. Em algumas espécies, as fendas branquiais (ou fendas faringeanas) persistem nos adultos; em outras, desaparecem durante o desenvolvimento embrionário.

* Tubo nervoso dorsal (epineuria): deriva do epitélio superficial dorsal do embrião. Persiste no anfioxo e nos vertebrados e, nas ascídias adultas praticamente desaparece, restringindo-se apenas a um gânglio nervoso.

* Cauda pós-anal: todo embrião de cordado apresenta uma região do corpo que se prolonga para além do ânus, a cauda. O desenvolvimento e a função da cauda variam nos diferentes grupos de cordados.



 Além dessas características exclusivas, os cordados apresentam outras, comuns a todos eles, mas que não são exclusivas deles: são animais triblásticos, celomados, com simetria bilateral, segmentados (metaméricos) e deuterostômios.

- Diversidade e Classificação

 O filo Chordata compreende três subfilos: Urochordata (ou Tunicata),
Caphalochordata e Vertebrata (ou Craniata).

 Os urocordados e os cefalocordados constituem os cordados primitivos; são geralmente reunidos sob a denominação de protocordados (do grego protos, primeiro, primitivo). Não possuem vértebras sendo também chamados de cordados invertebrados. Como a parte anterior de seu tubo nervoso não se diferencia no encéfalo e na caixa craniana são denominados ainda de cordados acrânios.

 Os cordados vertebrados constituem o subfilo mais expressivo do filo Chordata. Sua principal característica é apresentar coluna vertebral e caixa craniana, estruturas esqueléticas que envolvem e protegem o sistema nervoso central. São também chamados de craniados, pois possuem crânio e encéfalo.
- Subfilo Urochordata (~1300 espécies)
 Exemplo: ascídias.
 São animais exclusivamente marinhos. A maioria das espécies vive fixada, isoladas ou em colônias, em rochas à beira-mar.
 Secretam pela epiderme uma túnica protetora. Notocorda e cordão nervoso somente na larva.

- Subfilo Cephalochordata (~25 spp)
 Exemplo: anfioxo (ambas as extremidades do corpo afiladas).
 Ambiente marinho, águas rasas, semi-enterrados na areia ou natantes.
 Epiderme uniestratificada, sem escamas; musculatura segmentada.
- Subfilo Vertebrata (~52 mil spp)
 Há duas superclasses: Pisces e Tetrapoda. A superclasse Pisces inclui as classes Agnatha, Chondrichthyes e Osteichthyes. A superclasse Tetrapoda inclui as classes Amphibia, Reptilia, Aves e Mammalia.

* Classe Agnatha
 Exemplo: lampreias e feiticeiras.
 São exclusivos de ambientes aquáticos. Alguns são parasitas de peixes.
 Animais vertebrados sem mandíbula; possuem boca sugadora circular, sendo chamados de ciclostomados, com dentes córneos raspadores.
* Classe Chondrichthyes
 Exemplos: tubarões, raias.
 Peixes cartilaginosos; pele com escamas placóides ou sem escamas; possuem clásper.
* Classe Osteichthyes
 Exemplos: cavalo-marinho, sardinha, pirarucu.
 Peixes ósseos; fendas branquiais cobertas por opérculo; possuem bexiga natatória.
* Classe Amphibia Exemplos: salamandras (com cauda, ordem Urodela); sapos, rãs e pererecas (desprovidos de cauda, ordem Anura); cobra-cega (sem patas, ordem Apoda).Possuem pele úmida sem anexos epidérmicos de queratina.
* Classes ReptiliaExemplos: cobras, lagartos, jacarés e tartarugas. Pele impermeável, com muitos anexos epidérmicos (escamas, placas, garras).
* Classe Aves Exemplos: ema, pingüim, pardal, beija-flor. Pele com penas, membros anteriores transformados em asas.
* Classe MammaliaExemplos: ornitorrinco, canguru, baleia, homem, morcego. Pele com pêlos, glândulas mamárias.