Robert Charles Darwin

Robert Charles Darwin

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Tecido Epitelial de Revestimento (3º ano)


Tecido Epitelial de Revestimento


tecido epitelial de revestimento reveste toda a superfície externa do corpo (epiderme) e as cavidades corporais internas. Caracteriza-se por ser um tecido avascular, ou seja, sem a presença de vasos sanguíneos e por possuir um aglomerado de células epiteliais poliédricas e justapostas, com o mínimo ou nenhum espaço intracelular entre elas.
Estas células encontradas no tecido epitelial  que estão em constante processo de renovação variam em uma ou mais camadas e possuem formatos diversificados. Podem ser pavimentosas (Células achatadas com forma poligonal), cúbicas (Formato de cubo) e cilíndricas (Formato cilíndrico. São mais altas que largas).



O tecido epitelial de revestimento é separado do tecido subjacente (tecido conjuntivo) por uma fina camada de fibras, denominada membrana basal, que é formada basicamente por colágeno tipo IV, laminina e proteoglicanas, que são produzidos em parte pelas próprias células epiteliais e em parte pelas células do tecido conjuntivo, especificamente células denominadas fibroblastos. Pelo fato do tecido epitelial ser desprovido de vasos sanguíneos, a sua nutrição depende da difusão de oxigênio e de metabólitos a partir dos tecidos subjacentes.
Uma das principais funções do tecido epitelial de revestimento é a de proteção. Ele funciona como uma verdadeira armadura para o corpo.
Podemos classificar o tecido epitelial de revestimento de acordo com as camadas de células que o constitui em:

1) Simples: Possui apenas uma camada de células. Neste tecido a base de cada célula é anexada a uma base da membrana basal, enquanto a extremidade apical esta voltada para superfície livre.
O tecido epitelial de revestimento simples pode ser dividido em:
  • Epitélio simples pavimentoso: Reveste a Cápsula de Bowman, localizada no rim, como também reveste os vasos (endotélio).
  • Epitélio simples cúbico: Este tipo de epitélio é encontrado na parede dos folículos da tireóide, como também nos túbulos contorcidos do rim.
  • Epitélio simples cilíndrico: Encontrado em grande parte no aparelho digestivo, revestindo o estômago,intestino delgado e intestino grosso, como também reveste outros órgãos como a vesícula biliar, etc.
2) Estratificado: Neste tecido existem duas ou mais camadas de células, sendo que algumas estão fixas a membrana basal e as outras estão sobrepostas umas ás outras, formando vários extratos.
O tecido epitelial de revestimento estratificado pode se subdividir em:
  • Epitélio pavimentoso estratificado: Neste tecido existe uma camada superficial de queratina, como é o caso da pele. No entanto reveste outras áreas, porém sem queratina, como no caso do esôfago que é revestido por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado.
  • Epitélio cúbico estratificado: Possui células epiteliais com formato cúbico em diversas camadas.
  • Epitélio estratificado de transição: Este tipo de epitélio caracteriza-se por ter as células mais superficiais com formatos diversificados. É encontrado na bexiga e no ureter.

3) Pseudo-estratificado: As células presentes neste tipo de tecido parecem dispor-se em camadas, dando a falsa impressão de se tratar de um tecido estratificado. No entanto é constituído por somente uma camada de células que se prendem à membrana basal, porém com tamanhos diferenciados. Este tipo de epitélio é encontrado na traquéia, fossas nasais e brônquios, e as células possuem cílios bem desenvolvidos, que tem a função de remoção de partículas estranhas oriundas do ar. Em indivíduos fumantes estes cílios perdem sua capacidade de funcionar corretamente.


segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Macroevolução (aula)

Macroevolução x Microevolução visão geral do Darwinismo e Neodarwinismo (aula power point)

Link segue abaixo.

portais.ufg.br/projetos/diniz/PALEONTOLOGIA/Aula3.ppt




A Idade do Gelo (Noticia)

A Idade do Gelo


Ilunstração contendo imagens mamutes e rinocerontes O aumento da massa corporal, a aquisição de vasta pelagem e patas adaptadas à neve podem não ter sido uma adaptação evolutiva decorrente das condições extremas impostas pela Idade do Gelo. O estudo de um fóssil encontrado no sopé dos Himalaias em 2007 — um rinoceronte lanudo de 3,6 milhões de anos — mostra que grandes animais podem, na verdade, ter surgido nas frias montanhas do Tibete antes do período glacial. Quando a temperatura caiu globalmente, desceram as montanhas e, pré-adaptados ao gelo, dominaram as estepes europeias e asiáticas. 

As conclusões partiram da análise do crânio e mandíbula da nova espécie de rinoceronte peludo (Coelodonta thibetana) encontrada. A descoberta foi descrita em um artigo publicado na revista Science. O trabalho, liderado por pesquisadores do Museu de História Natural de Los Angeles (HM), nos EUA, e Instituto de Paleontologia e Paleoantropologia da Academia de Ciências da China, sugere um novo cenário para a evolução dos grandes animais durante a Idade do Gelo. 

"Tibete, Ártico e Antártica são lugares frios em que a maior parte das descobertas inesperadas será feita no futuro — são fronteiras ainda não amplamente exploradas", diz Xiaoming Wang, responsável pelo trabalho. Segundo os pesquisadores, o Coelodonta thibetana viveu no meio do Plioceno e é bem mais antigo do que os primitivos descendentes de mamutes que habitaram as estepes europeias e asiáticas durante a Idade do Gelo (Pleistoceno). 

O animal desenvolveu algumas adaptações especiais para viver em climas frios. Seu chifre, por exemplo, podia 'varrer' a neve. Era uma maneira de facilitar a busca por comida em um ambiente hostil, mas não completamente dominado pelo gelo — como ocorreu mais tarde. Dessa maneira, acostumou-se às altas altitudes e se tornou pré-adaptado ao futuro clima da Idade do Gelo, que despontou de fato há 2,6 milhões de anos. Quando o frio passou a dominar amplamente o globo, no Pleistoceno, os rinocerontes peludos desceram das montanhas e foram bem-sucedidos em ambientes hostis para outros seres. 

Além do rinoceronte, os pesquisadores descobriram outras espécies extintas: cavalo de três dedos (Hipparion), carneiro azul (Pseudois), antílope tibetano (Pantholops), leopardo da neve (Uncia), texugo (Meles) e mais outros 23 animais. A coleção de fósseis pode oferecer novas pistas sobre a origem dos grandes animais encontrados no Pleistoceno. Até agora, a maioria dos pesquisadores se voltava para a tundra ou estepes de outras regiões. 

sábado, 10 de setembro de 2011

Livro a Origem das Espécies de Charles Darwin


A Origem das Espécies 

Aos Leitores


Decorridos quase dois séculos desde a primeira vez que esta obra foi publicada, ela continua sólida e robusta como uma montanha. E é isso que ela é: uma das montanhas mais altas que se ergueram na história da investigação científica do mundo em que vivemos, assim como é o seu próprio autor, o inglês Charles Darwin. Não se trata de uma obra surgida ao acaso, ao sabor da especulação filosófica, do pensamento mágico. Ela é o resultado de toda uma vida dedicada ao esforço humano de entender o funcionamento da Natureza com base nos fatos e evidências apresentados pela própria Natureza. Darwin reúne aqui o resultado do seu trabalho pessoal de muitas décadas, viajando incansavelmente pelos lugares mais recônditos do planeta em que vivemos, observando, medindo, testando, analisando e sintetizando coisas, até o momento em que se sentiu capacitado a concluir sua teoria de evolução das espécies.  
Apesar de solidamente ancorado em fatos e análises suas e de seus contemporâneos mais ilustres, desde a sua primeira edição esta obra tem sido vítima de desmoralização pública e difamação por parte daqueles que, de tão pequenos e insignificantes, se julgam acima das evidências dos fatos e evidências do mundo real. Gente cuja mente preguiçosa prefere ancorar-se em crenças vazias e despropositadas a respeito da Natureza, em vez de se dar ao trabalho de por em teste falsas verdades consideradas como intocáveis e definitivas.  

Segue o link abaixo, Boa Leitura.  

Arvore Filogenética Humana

Arvore Filogenética Humana 


Documentário " VIDA" - Anfíbios e Répteis

Documentário LIFE - Anfíbios e Répteis parte 1



Documentário LIFE - Anfíbios e Répteis parte 2


Documentário LIFE - Anfíbios e Répteis parte 3


Documentário LIFE - Anfíbios e Répteis parte 4


Classe Mammalia


Classe Mammalia - Os mamíferos

Os mamíferos formam o grupo mais evoluído e mais conhecido dos cordados. Nesta classe incluem-se as toupeiras, morcegos, roedores, gatos, macacos, baleias, cavalos, veados e muitos outros, o próprio homem entre eles. Todos (com raras exceções) apresentam o corpo coberto de pêlos e têm temperatura interna constante.
Os cuidados com a prole são os mais desenvolvidos do reino animal e atingem o seu clímax com a espécie humana. São, ainda, extremamente adaptáveis, modificando o seu comportamento de acordo com as condições do meio. Alguns grupos, principalmente primatas, formam sociedades muito complexas.

 

  
Uma característica única dos mamíferos é a capacidade de brincar. Os jovens mamíferos aprendem quase tudo o que necessitam saber para a sua vida adulta através de brincadeiras, onde as crias experimentam, entre si e com adultos, as técnicas de caça, luta e acasalamento. Estas brincadeiras estabelecem frequentemente uma hierarquia que se manterá na fase adulta, evitando conflitos potencialmente perigosos para os indivíduos.


Desenho de como teria sido um terapsídeos.
 
Os antepassados dos mamíferos foram um grupo de répteis designados terapsídeos. Estes animais eram pequenos carnívoros ativos e viveram no período Triássico (225 M.a. atrás).
Além de importantes diferenças a nível do crânio, os terapsídeos desenvolveram um esqueleto mais leve e flexível, com os membros alinhados por baixo do corpo, tornando-os mais ágeis e rápidos. 

A transição de réptil para mamífero terminou há cerca de 195 M.a., coincidindo com a ascensão dos dinossauros, ameaçando os recém-formados mamíferos de extinção. No entanto, a sua capacidade de controlar a temperatura interna talvez explique porque os mamíferos sobreviveram ao arrefecimento global do fim do Mesozóico. 

As principais características dos mamíferos
A pele é formada por duas camadas principais: epiderme e derme. As glândulas localizadas na derme (sebáceas – lubrificam e impermeabilizam o pêlo e produzem substâncias odoríferas usadas na comunicação entre os animais, sudoríparas – auxiliam a regulação da temperatura e a excreção de sais, e mamárias – geralmente mais numerosas que o número médio de crias por ninhada) são um dos aspectos mais marcantes do revestimento dos mamíferos.
O cão, o gato e o rato não possuem glândulas sudoríparas. A respiração ofegante do cão e as lambidas que o gato dá em si mesmo ajudam a resfriar o corpo.
Abaixo da derme, com os vasos sanguíneos que alimentam a epiderme e nervos sensoriais, existe uma camada de gordura subcutânea mais ou menos espessa, dependendo do habitat do animal. 


O conjunto de pêlos designa-se pelagem, onde cada um cresce a partir  de um folículo, tal como as penas das aves ou as escamas dos répteis. O pêlo é uma sucessão de células fortalecidas comqueratina. A pelagem é sempre composta por dois tipos de pêlos: um interno, macio e isolante, e outro externo, mais espesso e que protege o corpo e dá cor, permitindo a camuflagem.

Algumas espécies têm a cobertura de pêlos reduzida, mas estes são sempre mudados periodicamente (cada pêlo é mudado individualmente, formando-se um novo a partir do mesmo folículo). 
São produzidas pela epiderme outras estruturas como asgarrasunhas e cascos (que crescem permanentemente a partir da base para compensar o desgaste), bem como chifres e cornos (com centro ósseo e permanentes) e armações (caem anualmente).
O corno do rinoceronte é um caso particular destas estruturas, pois apesar de não cair anualmente é composto por um emaranhado denso de pêlos.
O esqueleto é totalmente ossificado, permanecendo cartilagem apenas nas zonas articulares.
 
Cornos e chifres de diversos mamíferos ungulados

O focinho é geralmente estreito. O tronco apresenta costelas ligadas ao esterno, formando uma caixa torácica muito eficiente nos movimentos respiratórios.
Os mamíferos apresentam tipicamente quatro patas (exceto cetáceos, onde não existem membros posteriores) com 5 dedos (ou menos) com garras, unhas, cascos ou almofadas carnudas e adaptadas variadamente a andar, correr, trepar, cavar, nadar ou voar. 

Esqueleto de um cachorro

A marcha quadrúpede é a mais comum, mas existem muitas espécies bípedes, como os cangurus ou o homem. 
A) Plantígrado B) Digitígrado C) Ungulado.
 
Associado ao modo de deslocação está a forma de contato da pata com o solo: os animais plantígrados (ursos, por exemplo) assentam o calcanhar, metapódio e dedos dos membros no chão, enquanto os digitígrados (canídeos, por exemplo) apenas apóiam os dedos.
Os ungulados (cavalos, por exemplo) apenas apóiam a ponta de um ou dois dedos. Nos marsupiais o segundo e terceiro dedos dos membros posteriores estão fundidos, originando um só dígito com duas garras.    
As extremidades localizam-se por baixo do corpo e não para o lado como nos répteis, o que não só sustenta melhor o peso do corpo, mas também permite maior velocidade e reflexos. 
A velocidade está igualmente associada à flexibilidade da coluna vertebral (chita, por exemplo, acrescenta cerca de 30 Km/h à sua velocidade máxima devido ao efeito de mola da sua coluna) e ao aumento do comprimento da zona inferior dos membros (gazelas, por exemplo).

Os órgãos dos sentidos e o cérebro são muito desenvolvidos. 


Alguns mamíferos apresentam sentidos mais desenvolvidos do que outros.
O morcego, por exemplo, tem ótima audição; a onça tem olfato apurado e o gato tem excelente visão.  A informação táctil provém não só da superfície do corpo, mas também de bigodes. Na língua localizam-se receptores do gosto em papilas especializadas.
Os mamíferos são considerados animais inteligentes, embora a inteligência seja difícil de definir. Geralmente considera-se indicador de inteligência a capacidade de aprendizagem associada a flexibilidade de comportamento. Estas capacidades permitem solucionar problemas relacionados com a invasão de novos habitats e de captura de presas, por exemplo.
 


Digestão
O sistema digestório dos mamíferos é formado por um longo tubo que vai da boca ao ânus.
 
Vários órgãos e glândulas produzem sucos digestivos que vão "quebrando" as substâncias nutritivas dos alimentos (proteínas, gorduras, açucares) até que fiquem em "pedaços" tão pequenos que o intestino consiga absorvê-los. Os restos - que não são digeridos ou aproveitados - são eliminados pelo ânus sob a forma de fezes.
Alguns herbívoros como o boi, a cabra, o carneiro e a girafa são mamíferos ruminantes. Assim como os demais mamíferos, não conseguem digerir a celulose, tipo de açúcar presente nas plantas. Porém, no estômago dos ruminantes há microorganismos (bactérias e protozoários) que fazem a digestão da celulose.
Os dentes, rodeados por gengivas carnudas, são geralmente de 3 tipos (incisivos para morder, cortar ou raspar, caninos para agarrar e rasgar, pré-molares e molares para esmagar e triturar o alimento). A forma e o tamanho de cada tipo de dente varia de acordo com a dieta.

Respiração
Manter o corpo quente quando o ambiente resfria, por exemplo, requer energia. A energia para a homeotermia e para as atividades em geral dos mamíferos depende da respiração e da circulação. Em outras palavras a obtenção de energia depende da captação de oxigênio e do seu transporte pelo corpo, assim como os nutrientes, pelo sangue. Os mamíferos obtêm do ar o oxigênio necessário para os processos energéticos do seu corpo. Todos os mamíferos são seres pulmonados, isto é, o ar entra pelas vias respiratórias até os pulmões, que absorvem o oxigênio. Até mesmo os mamíferos aquáticos têm pulmões, eles precisam vir à superfície para respirar.
Apresentam músculos localizados entre as costelas, que atuam nos movimentos respiratórios, e outro denominado diafragma.

Circulação
Assim como o coração das aves, o coração dos mamíferos apresenta quatro cavidades. A circulação dos mamíferos é fechada, dupla e completa, sem que haja mistura de sangue venoso com arterial. A eficiência na circulação do sangue favorece a homeotermia corporal.
Tal como as aves, os mamíferos são endotérmicos ou homeotérmicos, o que lhes permite permanecer ativos mesmo a temperaturas muito elevadas ou muito baixas. Este fato justifica a sua larga distribuição em todos os tipos de habitats, mais vasta que qualquer outro animal (exceto as aves).

Reprodução
Em muitos grupos de mamíferos, há rituais de "namoro" antes do acasalamento. Há fecundação interna, o macho coloca o esperma (que contém os espermatozóides) dentro do corpo da fêmea, onde ocorre o encontro dos gametas. Esses seres chamados vivíparos têm filhotes que nascem após serem gerados no útero da mãe.

Gestação

Esta imagem apresenta um feto de golfinho com 8 semanas de gestação.
A maioria dos mamíferos gera os seus filhotes dentro do útero da fêmea. Quase todos os filhotes de mamíferos nascem diretamente do corpo da mãe e em estágio avançado de desenvolvimento, ou seja, já nascem com a forma semelhante à que terão quando forem adultos.
Os filhotes mantidos dentro do corpo da fêmea durante um período maior ficam mais protegidos do que os que terminam o seu desenvolvimento no interior de ovos (como acontece com aves e répteis, por exemplo).
Embora a viviparidade limite o número de filhotes por gestação, é um fator que se revelou vantajoso evolutivamente, aumentando as chances de sobrevivência e o sucesso reprodutivo.
Enquanto o filhote está se desenvolvendo no útero materno, recebe nutrientes e oxigênio através da placenta, pelo cordão umbilical. A placenta é uma estrutura formada por parte do corpo da mãe e parte do corpo do feto. Também  é pela placenta que o feto elimina as excretas, que são restos produzidos, por exemplo, o gás carbônico.
Podem nascer um ou mais filhotes, pois o número varia dependendo da espécie. Após o nascimento, o filhote se alimenta do leite materno e recebe os cuidados da mãe - às vezes do pai - na primeira fase da vida. Os bebês de certas espécies de baleias, por exemplo, chegam a mamar quinhentos litros de leite num só dia.


 
  
Esta imagem apresenta um feto de elefante durante a gestação.
 

Classificação dos mamíferos

Os mamíferos dividem-se em três grandes grupos em relação à reprodução, embora todos apresentem sexos separados, a fecundação seja interna e as crias sejam alimentadas com leite secretado pelas glândulas mamárias da fêmea:
  • monotremados - neste grupo incluem-se o ornitorrinco e o equidna, animais que põem ovos semelhantes aos dos répteis, donde nasce um minúsculo embrião que se desloca para uma bolsa, onde termina o seu desenvolvimento lambendo leite produzido pela mãe, pois não existem mamilos (ao contrário dos restantes dois grupos);

Equidna


Ornitorrinco
  • marsupiais - neste grupo, onde se incluem os cangurus, entre outros, não existe placenta para nutrir o embrião durante o seu desenvolvimento no útero. Assim, ao nascer, os marsupiais não se encontram totalmente desenvolvidos. As fêmeas possuem um sistema reprodutor "duplo", com dois úteros e duas vaginas laterais. 
As crias nascem através de um canal de nascimento central independente, que se forma antes de cada parto, podendo ou não permanecer aberto. Por esse motivo, em algumas espécies o pênis do macho é bifurcado. 
A maioria das espécies termina o seu desenvolvimento no interior de uma bolsa externa no corpo da fêmea - marsúpio. Em muitas espécies as fêmeas acasalam novamente durante a gravidez, mas o embrião apenas se desenvolverá após a cria anterior abandonar o marsúpio - diapausa embrionária;
  • placentários - este é o maior grupo de mamíferos, dominando totalmente a classe e os habitats terrestres atuais. Os ovos amnióticos são geralmente minúsculos e retidos no útero da fêmea para o desenvolvimento, com a ajuda de uma placenta que fornece fixação e nutrientes (oxigênio e alimentos).  Em sentido contrário passam as excreções do embrião. Ao nascer, os placentários encontram-se num estado de desenvolvimento superior ao dos marsupiais. 
Este método reprodutivo, embora implique a produção de um menor número de descendentes, permite um grande sucesso pois aumenta grandemente as probabilidades de sobrevivência dos descendentes. 
O leite produzido pelas fêmeas de mamífero é muito rico em gorduras e proteínas, o que o torna altamente nutritivo, mas fornece igualmente anticorpos que ajudam o juvenil a desenvolver-se saudável. Dado que os jovens não necessitam de procurar o seu próprio alimento nas primeiras semanas, permite um início de vida mais seguro que nos outros grupos de vertebrados.
As ninhadas podem ter até 20 crias ou apenas uma, com períodos de gestação de apenas 12 dias (bandicute, um tipo de marsupial omnívoro) até 22 meses (elefante africano).
Os machos apresentam órgão copulador (pênis) e os testículos estão geralmente num escroto externo ao abdômen.
Os mamíferos comunicam ativamente entre si, seja por meio de odores produzidos pelas glândulas odoríferas (localizadas na face, patas ou virilhas), urina ou fezes, ou por posições do corpo, expressões faciais, tacto e ruído, que podem formar mensagens complexas. 
A socialização tem início logo após o nascimento através de sinais entre progenitores e crias, continuando na juventude com a interação entre crias (brincadeiras). Algumas espécies apenas interagem para acasalar, mas a grande maioria forma grupos, permanentes ou  temporários.
A unidade social tem várias vantagens, nomeadamente a segurança e facilidade de obtenção de alimento, mas existem outros aspectos importantes. Geralmente a gestão do espaço implica que o grupo, o casal ou o indivíduo defenda o seu território de intrusos da mesma espécie e do mesmo sexo.
Algumas espécies, como as focas ou os elefantes, os sexos vivem separados a maior parte do ano, vivendo os machos isolados ou em pequenos grupos de solteiros. Nesse caso, a concorrência para acasalar é feroz, sendo os machos melhor sucedidos os maiores, mais fortes e melhor equipados (hastes, chifres ou presas).
Outras espécies, como as zebras, formam pequenos haréns com um único macho, sendo os restantes expulsos para grupos de solteiros, a não ser que vençam o macho dominante em combate, roubando-lhe as fêmeas.
O tipo de grupo social mais complexo é formado por vários machos e várias fêmeas, e, quase sem exceção, é reservado a primatas e carnívoros sociais. Nos primatas forma-se geralmente uma hierarquia em permanente mudança, sendo os machos de posição mais elevada os primeiros a acasalar. Nos leões, os machos (geralmente irmãos) colaboram na defesa das fêmeas, não competindo pelo acasalamento. Nos lobos e mabecos, as alcateias ou matilhas são formadas por um casal alfa, o único que acasala e pelos filhos de anos anteriores, que em vez de formarem novas alcateias permanecem e ajudam a criar os irmãos mais novos.


Classe Aves


Classe Aves

Aves - vertebrados homeotermos com corpo coberto por penas

As aves (latim científico: Aves) constituem uma classe de animais vertebrados, tetrápodes,endotérmicosovíparos, caracterizados principalmente por possuírem penas, apêndices locomotores anteriores modificados em asas, bico córneo e ossos pneumáticos. São reconhecidas aproximadamente 9.000 espécies de aves no mundo. 
As aves conquistaram o meio terrestre de modo muito mais eficiente que os répteis. A principal característica que permitiu essa conquista foi, sem dúvida, a homeotermia, a capacidade de manter a temperatura corporal relativamente constante à custa de uma alta taxa metabólica gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células.

Essa característica permitiu às aves, juntamente com os mamíferos, a invasão de qualquer ambiente terrestre, inclusive os permanentemente gelados, até então não ocupados pelos outros vertebrados.
As aves variam muito em seu tamanho, dos minúsculos beija-flores a espécies de grande porte como o avestruz e a ema. Note que todos os pássaros são aves, mas nem todas as aves são pássaros.
 
Avestruz

Os pássaros estão incluidos na ordem Passeriformes, constituindo a ordem mais rica, ou seja, com maior número de espécies dentro do grupo das aves. 
Enquanto a maioria das aves são caracterizadas pelo vôo, as ratitas não podem voar ou apresentam vôo limitado, uma característica considerada secundária, ou seja, adquirida por espécies "novas" a partir de ancestrais que conseguiam voar. 
Muitas outras espécies, particularmente as insulares, também perderam essa habilidade. As espécies não-voadoras incluem o pinguim, avestruz, quivi, e o extinto dodo. Aves não-voadoras são especialmente vulneráveis à extinção por conta da ação antrópica direta (destruição e fragmentação do habitat, poluição etc.) ou indireta (introdução de animais/plantas exóticos, mamíferos em particular).
 
Pinguin

A circulação
Uma característica que favorece a homeotermia nas aves é a existência de um coração totalmente dividido em quatro cavidades: dois átrios e dois ventrículos.


Não ocorre mistura de sangues. A metade direita (átrio e ventrículo direitos) trabalha exclusivamente com sangue pobre em oxigênio, encaminhando-o aos pulmões para oxigenação. A metade esquerda trabalha apenas com sangue rico em oxigênio. O ventrículo esquerdo, de parede musculosa, bombeia o sangue para a artéria aorta. Assim, a todo o momento, os tecidos recebem sangue ricamente oxigenado, o que garante a manutenção constante de altas taxas metabólicas. Esse fato, associado aos mecanismos de regulação térmica, favorece a sobrevivência em qualquer tipo de ambiente. A circulação é dupla e completa.

A respiração: pulmões e sacos aéreos
O sistema respiratório também contribui para a manutenção da homeotermia. Embora os pulmões sejam pequenos, existem sacos aéreos, ramificações pulmonares membranosas que penetram por entre algumas vísceras e mesmo no interior de cavidades de ossos longos.

 
A movimentação constante de ar dos pulmões para os sacos aéreos e destes para os pulmões permite um suprimento renovado de oxigênio para os tecidos, o que contribui para a manutenção de elevadas taxas metabólicas.
A pele das aves é seca, não-dotada de glândulas e rica em queratina que, em alguns locais do corpo, se organiza na forma de placa, garras, bico córneo e é constituinte fundamental das pernas.
As aves não têm glândulas na pele. No entanto, há uma exceção: a glândula uropigial (ou uropigiana), localizada na porção dorsal da cauda e cuja secreção oleosa lubrificante é espalhada pela ave, com o bico, nas penas. Essa adaptação impede o encharcamento das penas em aves aquáticas e ajuda a entender por que as aves não se molham, mesmo que fiquem desprotegidas durante uma chuva.


Exclusividade das aves: corpo coberto por penas


Digestão e excreção em aves
As aves consomem os mais variados tipos de alimentos: frutos, néctar, sementes, insetos, vermes, crustáceos, moluscos, peixes e outros pequenos vertebrados. Elas possuem um sistema digestivo completo, composto de boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos (fígado e pâncreas).

Ao serem engolidos os alimentos passam pela faringe, pelo esôfago e vão para o papo, cuja função é armazenar e amolecer os alimentos. Daí eles vão para o proventrículo, que é o estômago químico das aves, onde sofrem a ação de sucos digestivos e começam a ser digeridos. Passam então para a moela (estômago mecânico) que tem paredes grossas e musculosas, onde os alimentos são triturados.

Finalmente atingem o intestino, onde as substâncias nutritivas são absorvidas pelo organismo. Os restos não aproveitados transformam-se em fezes.

As aves possuem uma bolsa única, a cloaca, onde desembocam as partes finais do sistema digestivo, urinário e reprodutor e que se abre para o exterior. Por essa bolsa eles eliminam as fezes e a urina e também põem os ovos.
 

Sistema Reprodutor


Diferentes de seus parentes répteis, que às vezes dão à luz a seus filhotes, todas as espécies de aves põem ovos. Apesar dos ovos parecerem bastante frágeis, seu formato oval oferece grande resistência e eles podem suportar grandes pressões sem quebrar. Como os ovos são pesados e incômodos de carregar, as fêmeas colocam os ovos assim que são fertilizadas, quase sempre em um ninho construído para proteger o ovo contra predadores e para mantê-lo aquecido durante o desenvolvimento do embrião.

Diferentes espécies de aves põem números diferentes de ovos – os pinguins normalmente põem um único ovo, enquanto o chapim azul europeu põe entre 18 e 19 ovos. A construção de um ninho é uma das grandes façanhas de design e engenharia do reino animal. Espécies diferentes mostram uma diversidade extraordinária na construção de seus ninhos. Algumas aves constroem ninhos minúsculos tão bem escondidos, que nem mesmo o caçador mais determinado pode encontrá-los, mas outras espécies constroem ninhos enormes, altamente visíveis, que elas defendem corajosamente contra qualquer criatura que se aproxime.
Os cisnes frequentemente constroem ninhos com vários centímetros de diâmetro, enquanto que o Scopus umbretta africano constrói ninhos em forma de cúpula, que podem pesar até 50 quilos, levando várias semanas para serem construídos. Os pássaros usam uma grande variedade de materiais para construir seus ninhos.
Algumas espécies usam apenas galhos e ramos para construir os tipos de ninhos normalmente vistos em jardins e cercas vivas. Outras usam um pouco de tudo: de folhas a penas, debarro a musgos, e até mesmo objetos feitos pelo homem, como papel laminado.
 
Collocalia maxima do sudeste da Ásia faz seus ninhos inteiramente de sua própria saliva, e os constrói nos tetos de cavernas. Nem todas as aves constroem ninhos. O cuco, em particular, usa o ninho de outras aves em vez de construir o seu. A fêmea voa rapidamente para um ninho apropriado, retirando um dos ovos da “hospedeira” e coloca seu próprio ovo, normalmente do mesmo tamanho e forma do que ela retirou. O pinguim imperador sequer usa um ninho: ele coloca seu seu único ovo diretamente sobre neve, e o incuba com a temperatura de seu corpo.

Adaptações ao vôo 
No seu caminho evolutivo, as aves adquiriram várias características essenciais que permitiram o vôo ao animal. Entre estas podemos citar: 
  1. Endotermia
  2. Desenvolvimento das penas
  3. Aquisição de ossos pneumáticos
  4. Perda, atrofia ou fusão de ossos e órgãos
  5. Aquisição de um sistema de sacos aéreos.
  6. Postura de ovos
  7. Presença de quilha, expansão do osso esterno, na qual se prendem os músculos que movimentam as asas
  8. Ausência de bexiga urinária 
 
As penas, consideradas como diagnóstico das aves atuais, estão presentes em outros grupos de dinossauros, entre eles o próprioTyrannosaurus rex. Estudos apontam que a origem das penas se deu a partir de modificações das escamas dos répteis, tornando-se cada vez mais diferenciadas, complexas e, posteriormente, vieram a possibilitar os vôos planado e batido.
Acredita-se que as penas teriam sido preservados na evolução por seu valor adaptativo, ao auxiliar no controle térmico dos dinossauros – uma hipótese que aponta para o surgimento da endotermia já em grupos mais basais de Dinosauria (com relação às aves) e paralelamente com a aquisição da mesma característica por répteis Sinapsida, que deram origem aos mamíferos.

Os ossos pneumáticos também são encontrados em outros grupos de répteis. Apesar de serem ocos (um termo melhor seria "não-maciços"), os ossos das aves são muito resistentes, pois preservam um sistema de trabéculas ósseas arranjadas piramidalmente em seu interior.


             

Classe Reptiliana (Répteis)


Classe Reptiliana - Os répteis

Os répteis (do latim reptare, 'rastejar') abrangem cerca de 7 mil espécies conhecidas. Eles surgiram há cerca de 300 milhões de anos, tendo provavelmente evoluído de certos anfíbios. Foram os primeiros vertebrados efetivamente adaptados à vida em lugares secos, embora alguns animais deste grupo, como as tartarugas, sejam aquáticos.
A Terra já abrigou formas gigantescas de répteis, como os dinossauros. Hoje esse grupo é representado por animais de porte relativamente menor, como os jacarés, tartarugas, cobras e lagartos.

A pele dos répteis
Os répteis têm o corpo recoberto por uma pele seca e praticamente impermeável. As células mais superficiais da epiderme são ricas em queratina, o que protege o animal contra a desidratação e representa uma adaptação à vida em ambientes terrestres. A pele pode apresentar escamas (cobras), placas (jacarés, crocodilos) ou carapaças (tartarugas, jabutis).

Escamas de cobras.

Temperatura corporal
Os répteis, assim como os peixes e os anfíbios, são animais pecilotérmicos: a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente.

Respiração e circulação de sangue
A respiração dos répteis é pulmonar; seus pulmões são mais desenvolvidos que os dos anfíbios, apresentando dobras internas que aumentam a sua capacidade respiratória.
Os pulmões fornecem aos répteis uma quantidade suficiente de gás oxigênio, o que torna "dispensável" a respiração por meio da pele, observada nos anfíbios. Aliás, com a grande quantidade de queratina que apresenta, a pele torna-se praticamente impermeável, o que impossibilita a aquisição de gás oxigênio.
O coração da maioria dos répteis apresenta dois átrios e dois ventrículos parcialmente divididos. Nos ventrículos ocorrem mistura de sangue oxigenado com sangue não-oxigenado. Nos répteis crocodilianos (crocodilo, jacarés), os dois ventrículos estão completamente separados, mas o sangue oxigenado e o sangue não-oxigenado continuam se misturando, agora fora do coração.

Alimentação e digestão
Em sua maioria, os répteis são animais carnívoros; algumas espécies são herbívoras e outras são onívoras. Eles possuem sistema digestório completo. O intestino grosso termina na cloaca.


Os sentidos

 
Os répteis possuem órgãos dos sentidos que lhes permitem, por exemplo, sentir o gosto e o cheiro das coisas. Os olhos possuem pálpebras e membrana nictitante, que auxiliam na proteção dessas estruturas. Eles têm glândulas lacrimais, fundamentais para manter a superfície dos olhos úmida fora da água.
Destacamos aqui uma estrutura existente entre os olhos e as narinas de cobras, chamada fosseta loreal (no detalhe). Ela possibilita que a cobra perceba a presença de outros animais vivos por meio do calor emitido pelo corpo deles.
Embora os répteis não tenham orelha externa, alguns deles apresentam conduto auditivo externo e curo, que fica abaixo de uma dobra da pele, de cada lado da cabeça. Na extremidade de cada conduto auditivo situa-se o tímpano, que se comunica com a orelha média e a interna. Vários experimentos comprovam que a maioria dos répteis é capaz de ouvir diversos sons.

Classificação

Vamos conhecer as principais ordens em que se divide a classe dos répteis.

Quelônios
São as tartarugas, os jabutis e os cágados. Têm o corpo recoberto por duas carapaças: a carapaça dorsal, na parte superior do corpo, e o plastrão, na parte inferior. Essas duas carapaças são soldadas uma à outra. Há aberturas apenas para a saída do pescoço, dos membros anteriores e posteriores e da cauda.
As tartarugas são aquáticas e podem viver em água doce ou salgada; suas pernas têm a forma de nadadeiras, o que facilita a locomoção na água. Os jabutis são terrestres e seus dedos são grossos. Os cágados vivem em água doce e seus dedos são ligados por uma membrana que auxilia na natação.
Esses animais não têm dentes. A boca apresenta um bico córneo.
 
Jabuti


Crocodilianos
Crocodilo
 
São os crocodilos e os jacarés. Grandes répteis aquáticos, os crocodilianos têm corpo alongado e recoberto por placas córneas. Possuem quatro membros, que são usados para a locomoção terrestre e aquática.
O jacaré tem a cabeça mais larga e arredondada do que a dos crocodilianos, e, quando fecha a boca, seus dentes não aparecem. Já o crocodilo tem a cabeça mais estreita e, mesmo com a boca fechada, alguns dentes são visíveis.
Jacarés e crocodilos habitam regiões tropicais, geralmente às margens dos rios.
No Brasil só existem jacarés. Eles são encontrados na Amazônia e no Pantanal Mato-Grossense.


Escamados
São os lagartos e as serpentes (estas mais comumente chamadas de cobras). Esses animais têm a pele recoberta por escamas e dividem-se em dois grupos menores: lacertílios e ofídeos.

 
Lacertílios - Compreendem os lagartos, os camaleões e as lagartixas, répteis de corpo alongado, com a cabeça curta e unida ao corpo por um pequeno pescoço. Possuem quatro membros, sendo os anteriores mais curtos que os posteriores.

Ofídeos - Compreendem as serpentes ou cobras, répteis que não têm pernas. A grande maioria desses animais possuem glândulas que fabricam veneno. Uma serpente é peçonhenta quando seus dentes são capazes de inocular veneno nos animais que ataca. Os dentes têm um canal ou sulco que se comunica com as glândulas produtoras de veneno. No momento da picada, o veneno escoa por esse canal e é inoculado no corpo da presa.
 


Reprodução
O sistema reprodutor dos répteis foi um importante fator de adaptação desses animais ao ambiente terrestre. Os répteis fazem a fecundação interna: o macho introduz os espermatozóides no corpo da fêmea.
A maioria é ovípara, ou seja, a fêmea põe ovos, de onde saem os filhotes. Esses ovos têm casca rígida e consistente como couro. Os ovos se desenvolvem em ambiente de baixa umidade.
A fecundação interna e os ovos com casca representam um marco na evolução dos vertebrados, pois impediram a morte dos gametas e embriões por desidratação. Assim, em ralação a reprodução, os répteis tornaram-se independentes da água. A tartaruga marinha e muitos outros répteis aquáticos depositam os seus ovos em ambiente terrestre. Eles ficam cobertos de areia e aquecidos pelo calor do Sol.
 
O ovo é rico em vitelo - substância que nutre o embrião - e é capaz de reter a umidade. Na casca há poros, pequenos orifícios que permitem a entrada de oxigênio do ar e a saída de gás carbônico, ou seja, a troca de gases. Isso ajuda a manter o embrião vivo.
A maioria dos répteis não precisa cuidar dos seus ovos e filhotes. Os filhotes quando "prontos" saem da casca usando seus próprios recursos. Porém, tanto o jacaré, quanto o crocodilo têm muito cuidado com os ovos e os filhotes. A fêmea põe os ovos no ninho e fica por perto até o nascimento dos filhotes, que são carregados na boca até a água, onde ficam com a mãe. Alguns chegam a permanecer com a mãe por mais de três anos.

Existem também os répteis em cujos ovos, já na ocasião da postura, há filhotes formados. Os ovos ficam retidos com o embrião em um canal no corpo da fêmea, enquanto se desenvolvem, como ocorre em algumas cobras. Quando os ovos saem do corpo da fêmea, os filhotes dentro deles já se encontram formados. A casca desses ovos é bem fina, como uma membrana, permitindo a saída dos filhotes logo após a postura. Esses animais são classificados como ovovivíparos. Há ainda alguns répteis vivíparos, que produzem filhotes já "prontos", sem terem se desenvolvido em ovos, como certas espécies de lagartos.